quarta-feira, 31 de julho de 2013
História da Umbanda no Brasil
A Umbanda nasceu no dia 15 de
novembro de 1908, em um trabalho de mesa branca na cidade de Neves
RJ. O Caboclo Sete Encruzilhadas incorporou em um médium de nome
Zélio Fernandino de Morais, um jovem de apenas 17 anos de idade,
rapaz de uma família aristocrata, respeitável e católica.
De repente, surgindo do nada, o jovem Zélio fora acometido de uma estranha paralisia, que os médicos não conseguiam desvendar. Parou de andar perdendo todos os seus movimentos. Certo dia, para espanto geral da família que lhe assistia na doença, ele ergueu-se do leito e disse: amanhã estarei curado. No outro dia, como se fosse mágica, ele se levantou e andou naturalmente como se nada houvesse lhe acontecido. A medicina não sabia explicar o que tinha acontecido a Zélio.
Um grande amigo da família sugeriu que fosse visitar a Federação Espírita de Niterói, no Rio de Janeiro, presidida, na época, por José de Souza. Era exatamente 15 de novembro de 1908, quando o jovem Zélio foi convidado a sentar-se à “mesa branca”, onde se abriram os trabalhos daquela noite.
Sentado à mesa redonda foi tomado por uma força estranha e superior à sua vontade. Contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer membro da mesa, o jovem Zélio levantou-se e disse: “aqui está faltando uma flor!”. Retirou-se e foi até o jardim, voltando pouco tempo depois com uma rosa na mão, que depositou no centro da mesa.
Essa atitude insólita causou quase um tumulto. Restabelecida a corrente na mesa, manifestaram-se espíritos que se diziam de pretos escravos, índios ou caboclos, em diversos médiuns. Esses espíritos foram convidados a se retirarem pelo presidente dos trabalhos, advertidos por seu atraso espiritual.
Foi então que o jovem Zélio, tomado por aquela força estranha e superior, questionou o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação desses espíritos e por que eram considerados atrasados, se apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram terem tido na sua última encarnação.
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os resposáveis pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que estaria incorporado em Zélio, desenvolvendo uma sólida argumentação. Um dos médiuns videntes perguntou então:
"-Afinal, porque o irmão fala nesses termos, pretendendo que esta mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?"
A resposta de Zélio, ainda tomado pela misteriosa força, foi:
"-Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
No outro dia, na hora certa dito pelo caboclo, sem que o médium Zélio pudesse controlar a si mesmo, no jardim da sua casa o Caboclo Sete Encruzilhadas incorporava e todos os médiuns humilhados na mesa branca, não pelas entidades, mas pela falta de conhecimento dos seus dirigentes, lá estavam também para comprovar a veracidade da Entidade. Logo todos os médiuns incorporaram pretos escravos (pretos-velhos) e caboclos.
O Caboclo Sete Encruzilhadas anunciava que o nome dessa nova Luz seria a Umbanda, alguém inicialmente escreveu Aumbanda, logo mais foi corrigido o nome com a orientação do Caboclo Sete Encruzilhadas. Umbanda, palavra de origem sânscrita, também quer dizer: Deus ao nosso lado ou nós ao lado de Deus.
Zélio Fernandino de Morais desencarnou em 1975 aos 84 anos de idade, deixando a grande bandeira da Umbanda hasteada por todo Brasil. Do seu trabalho incansável, honesto e brilhante, resultou a nossa Umbanda de hoje que cresce a cada dia que passa. Faltava no Brasil esta flor trazida pelas mãos de um caboclo: a Umbanda, que já fez conhecida no mundo inteiro.
De repente, surgindo do nada, o jovem Zélio fora acometido de uma estranha paralisia, que os médicos não conseguiam desvendar. Parou de andar perdendo todos os seus movimentos. Certo dia, para espanto geral da família que lhe assistia na doença, ele ergueu-se do leito e disse: amanhã estarei curado. No outro dia, como se fosse mágica, ele se levantou e andou naturalmente como se nada houvesse lhe acontecido. A medicina não sabia explicar o que tinha acontecido a Zélio.
Um grande amigo da família sugeriu que fosse visitar a Federação Espírita de Niterói, no Rio de Janeiro, presidida, na época, por José de Souza. Era exatamente 15 de novembro de 1908, quando o jovem Zélio foi convidado a sentar-se à “mesa branca”, onde se abriram os trabalhos daquela noite.
Sentado à mesa redonda foi tomado por uma força estranha e superior à sua vontade. Contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer membro da mesa, o jovem Zélio levantou-se e disse: “aqui está faltando uma flor!”. Retirou-se e foi até o jardim, voltando pouco tempo depois com uma rosa na mão, que depositou no centro da mesa.
Essa atitude insólita causou quase um tumulto. Restabelecida a corrente na mesa, manifestaram-se espíritos que se diziam de pretos escravos, índios ou caboclos, em diversos médiuns. Esses espíritos foram convidados a se retirarem pelo presidente dos trabalhos, advertidos por seu atraso espiritual.
Foi então que o jovem Zélio, tomado por aquela força estranha e superior, questionou o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação desses espíritos e por que eram considerados atrasados, se apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram terem tido na sua última encarnação.
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os resposáveis pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que estaria incorporado em Zélio, desenvolvendo uma sólida argumentação. Um dos médiuns videntes perguntou então:
"-Afinal, porque o irmão fala nesses termos, pretendendo que esta mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?"
A resposta de Zélio, ainda tomado pela misteriosa força, foi:
"-Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
No outro dia, na hora certa dito pelo caboclo, sem que o médium Zélio pudesse controlar a si mesmo, no jardim da sua casa o Caboclo Sete Encruzilhadas incorporava e todos os médiuns humilhados na mesa branca, não pelas entidades, mas pela falta de conhecimento dos seus dirigentes, lá estavam também para comprovar a veracidade da Entidade. Logo todos os médiuns incorporaram pretos escravos (pretos-velhos) e caboclos.
O Caboclo Sete Encruzilhadas anunciava que o nome dessa nova Luz seria a Umbanda, alguém inicialmente escreveu Aumbanda, logo mais foi corrigido o nome com a orientação do Caboclo Sete Encruzilhadas. Umbanda, palavra de origem sânscrita, também quer dizer: Deus ao nosso lado ou nós ao lado de Deus.
Zélio Fernandino de Morais desencarnou em 1975 aos 84 anos de idade, deixando a grande bandeira da Umbanda hasteada por todo Brasil. Do seu trabalho incansável, honesto e brilhante, resultou a nossa Umbanda de hoje que cresce a cada dia que passa. Faltava no Brasil esta flor trazida pelas mãos de um caboclo: a Umbanda, que já fez conhecida no mundo inteiro.
terça-feira, 23 de julho de 2013
Prece de Caritas
Deus
nosso Pai,
que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
dai ao viajante a estrela Guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai,
dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito, a verdade,
à criança o guia,
ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.
que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
dai ao viajante a estrela Guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai,
dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito, a verdade,
à criança o guia,
ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.
Resgatar é preciso
A
umbanda surgiu da manifestação do caboclo das sete encruzilhadas e
pouco a pouco foi crescendo e expandindo-se de forma controlada pelo
grupo inicial formado por pai Zélio e pelos seus auxiliares diretos,
os quais foram sendo preparados para abrir novas " Tendas
Espiritas de Umbanda".
Após
esse inicio controlado e registrado historicamente por muitos autores
umbandistas, eis que uma verdadeira explosão aconteceu e novas
tendas começaram a ser abertas em muitos lugares, com a maioria
delas sem nenhum vinculo com as tendas matrizes.
Se
assim aconteceu e permitiu uma expansão "aparentemente"
autônoma ou livre, "algo" deve ter permitido que muitos
milhares de "guias chefes" de tendas de umbanda ordenassem
aos seus médiuns que dessem início a novos centros de umbanda.
Esse
"algo" é o que nos interessa comentar aqui, porque é em
si um dos fundamentos divinos da umbanda e todas as religiões
mediunicas ou oraculares , entendendo o termo "oracular"
como a comunicação do mundo espiritual com o material. Esse algo é
a comunicação com os espíritos.
A
comunicação com os espíritos criada pela umbanda é única e
magnifica, porque permite que as pessoas conversem naturalmente com
os espíritos, relatando-lhes seus problemas ou dificuldades e
recebam deles orientações que auxiliarão na solução deles. O ato
de uma pessoa conversar com um espírito, ainda que incorporado em um
médium, tem um efeito muito positivo porque a maioria delas,
conversando com um espírito amigo, orientador e bondoso, isso tanto
a fortalece quanto faz com que se sinta mais segura por que dali em
diante passa a ter um espírito amigo e protetor a zelar por ela no
"mundo espiritual".
Essa
luta continua da humanidade em buscar a evolução por meio do
aperfeiçoamento espiritual, consciêncial e moral motivou a
espiritualidade superior a dar início a uma nova religião
espiritualista fundamentada nos três postulados iniciais, que tanto
traçaram o rumo da sua missão na terra quanto delinearam o imenso e
luminoso trabalho que realizaria em prol da humanidade, tanto a
encarnada quanto a desencarnada.
Os
três postulados básicos da umbanda, trazidos,pelo,senhor Caboclo
das Sete Encruzilhadas, são estes: - Com os espíritos mais
evoluídos aprenderemos.
-
Aos espíritos mais atrasados ensinaremos.
-
A nenhum espírito renegaremos.
Esses
três postulados são de uma sabedoria ús interessa comentar aqui,
porque é em si um dos fundamentos divinos da umbanda e todas as
religiões mediunicas ou oraculares , entendendo o termo "oracular"
como a comunicação do mundo espiritual com o material. Esse algo é
a comunicação com os espíritos.
A
comunicação com os espíritos criada pela umbanda é única e
magnifica, porque permite que as pessoas conversem naturalmente com
os espíritos, relatando-lhes seus problemas ou dificuldades e
recebam deles orientações que auxiliarão na solução deles. O ato
de uma pessoa conversar com um espírito, ainda que incorporado em um
médium, tem um efeito muito positivo porque a maioria delas,
conversando com um espírito amigo, orientador e bondoso, isso tanto
a fortalece quanto faz com que se sinta mais segura por que dali em
diante passa a ter um espírito amigo e protetor a zelar por ela no
"mundo espiritual".
Essa
luta continua da humanidade em buscar a evolução por meio do
aperfeiçoamento espiritual, consciêncial e moral motivou a
espiritualidade superior a dar início a uma nova religião
espiritualista fundamentada nos três postulados iniciais, que tanto
traçaram o rumo da sua missão na terra quanto delinearam o imenso e
luminoso trabalho que realizaria em prol da humanidade, tanto a
encarnada quanto a desencarnnica e trazem em sí, sintetizado em
poucas palavras, tudo o que já se falou, escreveu e se fez, tanto em
relação aos espíritos bons quanto os maus, encarnados ou
desencarnados, porque, se todos somos espíritos, então o Caboclo
mensageiro da boa nova também se referiu a todos. Assim sendo, cabe
a nós resgatar dia-a-dia os princípios básicos de umbanda, de
fazer o bem sem olhar a quem, e a caridade como régra básica no
convívio com os freqüentadores das tendas espirituais.
Não
deixando que se colóque a venda, aquilo que nos foi agraciado por
nosso amado Deus!
João
D'Aganju
domingo, 14 de julho de 2013
Pai nosso de umbanda
Pai-nosso,
que estas no céu, nos mares, nas matas e em todos os mundos
habitados.
Santificado
seja teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela
luz e pelo ar que respiramos.
Que
o teu reino do bem, do amor e da fraternidade nos una a todos, a tudo
que criastes em torno da sagrada cruz, aos pés do divino salvador e
redentor.
Que
a tua vontade nos conduza sempre para oculto do amor e da caridade.
Dá-nos
hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis a nossos
semelhantes.
Dá-nos
hoje o pão do corpo, o fruto das matas, a água das fontes para o
nosso sustento material e espiritual.
Perdoa
se merecemos as nossas faltas.
E
dá sublime sentimento do perdão para os que nos ofendem.
Não
nos deixe desistir ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações
dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Envia,
Pai, um raio de tua divina luz e misericordia, para os teus filhos
pecadores, que aqui trabalham pelo bem da humanidade.
Os perigos e consequências da mediunidade mal orientada.
A
falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas
espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos
médiuns.
Para
se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha
vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.
E
as pessoas que começam a freqüentar os trabalhos, por não terem a
menor noção do que é certo ou errado, se submetem.
Na
verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca
vai se manifestar porque o médium, deverá desenvolver outras formas
de mediunidade.
A
mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e
individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende
muito da firmeza e da competência do chefe do grupo e do espirito
dirigente dos trabalhos.
Na
terra, a esfera material das diversas formas de religião é
conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a
orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam
os fenômenos espirituais.
É
justamente por se tratar de coisa de humanos que a religião muitas
vezes é deturpada.
Se
os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações
inoportunas deixariam de acontecer.
Mas
os trabalhos religiosos na terra precisam da união do plano físico
e do espiritual.
Sem
o fluido corpóreo dos médiuns, não é possível para os espíritos
atuar em nosso nível vibratório, dai a grande importância dos
médiuns e também da assistência nos trabalhos religiósos.
Quando
um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se
deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é o dono da verdade,
e o que ainda é pior, que é o dono das pessoas . Sua mente se fecha
para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua
conduta, por que sua vontade passa a ser mais importante.
Quando
o chefe dos trabalhos se perde, os espíritos não compactuam com os
erros cometidos, mas respeitam o livre arbítrio de todos. Ficam à
parte, aguardando que a situação se modifique para novamente
poderem trabalhar com seus médiuns. As pessoas não ficam
desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há
trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que
tem algumas pessoas que dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve
iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores
não vão puní-lá por isso, mas toda a carga que surge em função
dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela. Surgem, em
função disso, muitas complicações , para quem dirige e para quem
é dirigido.
Portanto,
não bastando atrapalhar a sí mesmo, o chefe deverá arcar com as
consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.
Toda
aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma
corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.
Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se
o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas,
causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria
obsessão. São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas
a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsávelmente, a fim de
supostamente se curarem.
A
pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a
desenvolver..... porque tem mediunidade.
A
mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.
Mentores
espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos
obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa
retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua
mediunidade. Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada,
doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir
um canal aberto será algo muito perigoso.
A
mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu
desenvolvimento indevido que permite que um espirito obsessor dela se
utilizepara instalar, na mente de sua vitima, a enfermidade mental.
Precisamos
também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade
provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar
os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados
dedicam especial atenção e cuidado para os médiuns iniciantes.
Convém
que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns,
para perceber indícios de anormalidade. Mediunidade é uma atividade
psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se
disponham a ter conduta religiósa, ou seja, uma moral sadia e
hábitos disciplinados.
A
irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de
admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em
demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é
submetida a entidades hipócritas.
Lembremos
que a humildade, a dedicação, a paciência e a renuncia são os
caminhos do crecimento mediúnico.
O
orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos. A mediunidade,
assim como todos os dons, possui dois lados. Se, por um lado, é
fonte de abençoadas alegrias, por outro, pode ser também de
profundas decepções.
Mas
isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a
sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e
gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de
serviço nas legiões do bem!
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