Sango, filho de Obatalá,
era um jovem rebelde e vez por outra saía pelo mundo botando fogo pela boca,
queimando cidades e fazendo arruaça. Seu pai, Obatalá, era informado de seus
atos, recebendo queixas de todas as partes da terra. Obatalá alegava que seu
filho era como era por não haver sido criado junto dele, mas que, algum dia,
conseguiria dominá-lo.
Certo dia, estando Sango na
casa de Obá, deixou seu cavalo branco amarrado junto à porta da casa. Obatalá e
Odudua passaram por lá, viram o animal de Sango, e o levaram com eles. Ao sair,
Sango percebeu o roubo e enfurecido saiu em busca do animal, perguntando aqui e
acolá. Chegando a uma vila próxima dali, informaram-lhe que dois velhos estavam
levando consigo seu animal, o que deixou Sango ainda mais colérico. Sango
alcançou os dois velhos e ao tentar agredi-los percebeu que eram Obatalá e
Odudua. Obatalá levantou seu opaxorô (cajado) e ordenou: "Sangò kunlé,
foribalé". Sango desarmado atirou-se ao chão em total submissão à Obatalá.
Sango tinha consigo seu colar de contas vermelhas, que Obatalá arrebentou e misturou a elas suas contas brancas dizendo: "Isto é para que toda a terra saiba que você é meu filho".
Sango tinha consigo seu colar de contas vermelhas, que Obatalá arrebentou e misturou a elas suas contas brancas dizendo: "Isto é para que toda a terra saiba que você é meu filho".
Daquele dia em diante Sango
submeteu-se às ordens do velho rei.
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