domingo, 14 de julho de 2013

Os perigos e consequências da mediunidade mal orientada.


A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.
Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.
E as pessoas que começam a freqüentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.
Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium, deverá desenvolver outras formas de mediunidade.
A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe do grupo e do espirito dirigente dos trabalhos.
Na terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.
É justamente por se tratar de coisa de humanos que a religião muitas vezes é deturpada.
Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.
Mas os trabalhos religiosos na terra precisam da união do plano físico e do espiritual.
Sem o fluido corpóreo dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório, dai a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiósos.
Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é o dono da verdade, e o que ainda é pior, que é o dono das pessoas . Sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, por que sua vontade passa a ser mais importante.
Quando o chefe dos trabalhos se perde, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns. As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que tem algumas pessoas que dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puní-lá por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela. Surgem, em função disso, muitas complicações , para quem dirige e para quem é dirigido.
Portanto, não bastando atrapalhar a sí mesmo, o chefe deverá arcar com as consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.
Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada. Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão. São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsávelmente, a fim de supostamente se curarem.
A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver..... porque tem mediunidade.
A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.
Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade. Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.
A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espirito obsessor dela se utilizepara instalar, na mente de sua vitima, a enfermidade mental.
Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para os médiuns iniciantes.
Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade. Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiósa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.
A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.
Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renuncia são os caminhos do crecimento mediúnico.
O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos. A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados. Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias, por outro, pode ser também de profundas decepções.
Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do bem!


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