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sábado, 11 de janeiro de 2014

Sem água, sem folha, sem Orixá

Na cultura Yorùbá, no que tange a Ecologia e Cultura Religiosa, o homem está extremamente ligado à natureza, pois caso venha degradar qualquer componente do ecossistema natural irá assim causar um desiquilíbrio, conforme descrito no proverbio yorubano:“OMI KOSI, ÉWÈ KOSI, ÒRÌSÀ KOSI” (Sem água, sem folha, sem Orixá).

Hoje nossa vida depende do uso cada vez maior dos recursos naturais, estamos nos desenvolvendo tecnologicamente cada vez mais rápido, mas este desenvolvimento desenfreado nos causa impactos ambientais como a diminuição e esgotamento de recursos, e posteriormente impactos ambientais ao nosso ecossistema natural. Desta forma o “capitalismo” e “consumismo” passam a ser um dos grandes vilões contra o Equilíbrio Natural, ou seja, mais uma vez sofremos consequências por nossas próprias ações.
A falta d’água, a falta de alimento, falta de terra fértil, desastres naturais, doenças e pestes são dentre algumas formas em que Olorum e demais Òrìàs tentam reajustar e realinhar o equilíbrio natural. A degradação do planeta de forma progressiva não acarretará o fim do ayé (terra) e sim o fim da raça humana caso seja o desejo de nossos Òrìàs, ou seja, a elevação da temperatura da terra, a destruição de ecossistemas, o desaparecimento diário de milhares de espécies, a redução vertiginosa dos estoques de água potável são sintomas dessa crise ambiental global, um verdadeiro desafio para toda a humanidade.
Nossos ancestrais mais distantes foram os primeiros ecologistas da terra, com o passar dos anos e inserção da ideologia capitalista dentro dos cultos afro-religiosos, principalmente no ocidente, fez com que os valores de respeito e veneração à natureza fossem esquecidos.
Portanto hoje adotar práticas e atitudes sustentáveis é garantir que as gerações futuras possam também usufruir dos recursos naturais garantindo assim existência humana, como também terem a oportunidade de reverenciar nossos Òrìàs.
A sustentabilidade abrange vários níveis, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Para um empreendimento humano e até mesmo um terreiro, centro e Ilé Àṣẹ (Casa de Axé) ser sustentável, têm de ter em vista 04 requisitos básicos, como: atitudes ecologicamente corretas, economicamente viável, justiça social e promover a tolerância cultural.
Desta forma pense e reflita sobre como hoje você cultua seu Òrìà, entidades espirituais e ancestrais, pois cultua-los de maneira ambientalmente responsável é garantir a existência do àṣẹ, o equilíbrio do ecossistema, continuidade da raça humana e combater a intolerância religiosa.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Cuidar no Terreiro


O documentário trata da promoção da saúde, do direito à saúde, do respeito às orientações sexuais e o acolhimento às pessoas vivendo com Aids nos terreiros. Fruto de parceria do Ministério da Saúde com a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, o filme aborda a participação das lideranças de terreiros como controle social. Demonstrando o quão democrática são as relgiões afro-brasileiras.

sábado, 5 de outubro de 2013

Quem não pode com mandinga, não carrega patuá


Mandinga significa magia, simpatia ou feitiço. Ela pode ser para cura, abertura de caminhos, para ajudar a conseguir um emprego, enfim... Nos fundamentos da verdadeira Umbanda ela sempre é feita para o bem e pelo bem.

Mas esse termo é muito antigo e originalmente tinha outro significado.
Você já ouviu a expressão “quem não pode com mandinga, não carrega patuá”?

Ela surgiu no tempo da escravidão, onde os Mandingas eram um grupo (ou nação) africano do norte, próximo aos árabes, que acabou por se tornar muçulmano. Com o tráfico de escravos, muitos negros Mandingas vieram parar nas Américas. Porém, os Mandingas eram escravos que sabiam ler e escrever em árabe, além de conhecer a matemática melhor do que os brancos, seus senhores, e este estado superior de cultura de um determinado grupo negro fez com que fossem tidos como feiticeiros, passando a expressão Mandinga a sinônimo de feitiço. Por outro lado, os negros que praticavam o culto aos Orixás eram vistos como infiéis pelos negros muçulmanos.

O branco, aproveitando-se dessa rivalidade e confiando aos mandingas funções superiores que os demais, faziam a animosidade entre eles crescer. Os mandingas não eram obrigados pelos brancos a ingerir restos de comida e até mesmo permitiam que estes trouxessem trechos do Alcorão encerrados em pequenos saquinhos de pele pendurados ao pescoço, o famoso Patuá. Os Mandingas eram, em geral, os negros que ocupavam a função de caçadores de escravos fujões (capitães-do-mato).

Quando um negro pretendia fugir, além de se preparar para lutar sem armas através da capoeira e do maculelê, ele deixava o cabelo crescer e pendurava ao pescoço um Patuá, fazendo-se passar por um Mandinga para não ser perseguido. Mas se um verdadeiro Mandinga o abordasse e ele não soubesse responder em árabe, descarregaria todo seu furor nesse infeliz negro fujão. Daí nasceu a expressão “quem não pode com mandinga, não carrega patuá”.

Mais tarde o hábito de utilizar patuás entre negros foi se generalizando, pois estes acreditavam que o poder dos Mandingas era devido, em grande parte, aos poderes do Patuá.

MAS, AFINAL, O QUE É PATUÁ?

O patuá é um objeto consagrado que traz em si o axé, a força mágica do Orixá ou Guia de luz, a quem ele é consagrado.

Salve os Pretos-Velhos!
Saravá!

Preto-velho na umbanda

Preto-velho na Umbanda são espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como: escravos que morreram no tronco ou de velhice e adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes dão o amor, a fé e a esperança aos “seus filhos”.


São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, conseqüentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho ( AUMBANDHAM – alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar perscrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda,rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de “guiné” (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus “filhos” em nome da vitória que está por vir.


São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza a qual utilizam em seus benzimentos.

Os Pretos Velhos : Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
São entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:

As Crianças – chamadas eres, ou ibejis, representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.

Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.

Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa à sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa à simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.

A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Jesus (Oxalá). Entidades aqui tomadas no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz.
A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades é como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.
Os Pretos Velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões Afro-Brasileiras. O Preto Velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza – o cachimbo.

Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de angola, Pai José de Angola, Pai Francisco,Vovó Maria conga, Vovó Catarina. Pai Jacó], Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luis, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita e etc.
Na Umbanda os Pretos Velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura.

Os pontos servem para saudar a presença das entidades, diferentemente do que geralmente se pensa, não foram feitos para chamar, mas sim para agradecer a presença, como um “Olá”.
Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro (período de trevas no território brasileiro), a linha de preto velho reflete a humildade, a paciência e a perseverança característica da atuação da linha nominada de Yorima, cujo apresenta-se de pés no chão, cachimbo de barro bem rústico, quando não cigarro de palha, café, e um fio de contas de rosários (Lágrima de Nossa Senhora) e cruzes, figas e breves os quais utilizam magisticamente em sua atuação astral.

Os pretos velhos apresentam-se com nomes que individualizam sua atuação, conforme nação ou orixá regente, evidenciando sua atuação propriamente dita.
Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:


Congo_ Ex: (Pai Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
Aruanda_ Ex: (Pai Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
D´Angola_ Ex: (Pai Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
Matas_ Ex: (Pai Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
Calunga, Cemitério ou das Almas_ Ex: (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluayê;
Entre diversas outras nominações tais como: _Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc…

Muitos Pretos Velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos Velhos. Na gira eles só comem o que for feito de milho como por exemplo: Bolo de milho, pamonha, cural e etc.

“AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO”.


Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e… Foram sete.
A Primeira… A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;
A Segunda… A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;
A Terceira… Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;
A Quarta… Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;
A Quinta… Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;
A Sexta… Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;
A Sétima… Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Oração de São Jorge


História da Umbanda no Brasil

A Umbanda nasceu no dia 15 de novembro de 1908, em um trabalho de mesa branca na cidade de Neves RJ. O Caboclo Sete Encruzilhadas incorporou em um médium de nome Zélio Fernandino de Morais, um jovem de apenas 17 anos de idade, rapaz de uma família aristocrata, respeitável e católica.
De repente, surgindo do nada, o jovem Zélio fora acometido de uma estranha paralisia, que os médicos não conseguiam desvendar. Parou de andar perdendo todos os seus movimentos. Certo dia, para espanto geral da família que lhe assistia na doença, ele ergueu-se do leito e disse: amanhã estarei curado. No outro dia, como se fosse mágica, ele se levantou e andou naturalmente como se nada houvesse lhe acontecido. A medicina não sabia explicar o que tinha acontecido a Zélio.
Um grande amigo da família sugeriu que fosse visitar a Federação Espírita de Niterói, no Rio de Janeiro, presidida, na época, por José de Souza. Era exatamente 15 de novembro de 1908, quando o jovem Zélio foi convidado a sentar-se à “mesa branca”, onde se abriram os trabalhos daquela noite.
Sentado à mesa redonda foi tomado por uma força estranha e superior à sua vontade. Contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer membro da mesa, o jovem Zélio levantou-se e disse: “aqui está faltando uma flor!”. Retirou-se e foi até o jardim, voltando pouco tempo depois com uma rosa na mão, que depositou no centro da mesa.
Essa atitude insólita causou quase um tumulto. Restabelecida a corrente na mesa, manifestaram-se espíritos que se diziam de pretos escravos, índios ou caboclos, em diversos médiuns. Esses espíritos foram convidados a se retirarem pelo presidente dos trabalhos, advertidos por seu atraso espiritual.
Foi então que o jovem Zélio, tomado por aquela força estranha e superior, questionou o motivo que levava o dirigente dos trabalhos a não aceitar a comunicação desses espíritos e por que eram considerados atrasados, se apenas pela diferença de cor ou de classe social que revelaram terem tido na sua última encarnação.
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os resposáveis pela mesa procuraram doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que estaria incorporado em Zélio, desenvolvendo uma sólida argumentação. Um dos médiuns videntes perguntou então:
"-Afinal, porque o irmão fala nesses termos, pretendendo que esta mesa aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? E qual é o seu nome, irmão?"
A resposta de Zélio, ainda tomado pela misteriosa força, foi:
"-Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
No outro dia, na hora certa dito pelo caboclo, sem que o médium Zélio pudesse controlar a si mesmo, no jardim da sua casa o Caboclo Sete Encruzilhadas incorporava e todos os médiuns humilhados na mesa branca, não pelas entidades, mas pela falta de conhecimento dos seus dirigentes, lá estavam também para comprovar a veracidade da Entidade. Logo todos os médiuns incorporaram pretos escravos (pretos-velhos) e caboclos.
O Caboclo Sete Encruzilhadas anunciava que o nome dessa nova Luz seria a Umbanda, alguém inicialmente escreveu Aumbanda, logo mais foi corrigido o nome com a orientação do Caboclo Sete Encruzilhadas. Umbanda, palavra de origem sânscrita, também quer dizer: Deus ao nosso lado ou nós ao lado de Deus.
Zélio Fernandino de Morais desencarnou em 1975 aos 84 anos de idade, deixando a grande bandeira da Umbanda hasteada por todo Brasil. Do seu trabalho incansável, honesto e brilhante, resultou a nossa Umbanda de hoje que cresce a cada dia que passa. Faltava no Brasil esta flor trazida pelas mãos de um caboclo: a Umbanda, que já fez conhecida no mundo inteiro.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Prece de Caritas


Deus nosso Pai,
que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
dai ao viajante a estrela Guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai,
dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito, a verdade,
à criança o guia,
ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.

Resgatar é preciso



A umbanda surgiu da manifestação do caboclo das sete encruzilhadas e pouco a pouco foi crescendo e expandindo-se de forma controlada pelo grupo inicial formado por pai Zélio e pelos seus auxiliares diretos, os quais foram sendo preparados para abrir novas " Tendas Espiritas de Umbanda".
Após esse inicio controlado e registrado historicamente por muitos autores umbandistas, eis que uma verdadeira explosão aconteceu e novas tendas começaram a ser abertas em muitos lugares, com a maioria delas sem nenhum vinculo com as tendas matrizes.
Se assim aconteceu e permitiu uma expansão "aparentemente" autônoma ou livre, "algo" deve ter permitido que muitos milhares de "guias chefes" de tendas de umbanda ordenassem aos seus médiuns que dessem início a novos centros de umbanda.
Esse "algo" é o que nos interessa comentar aqui, porque é em si um dos fundamentos divinos da umbanda e todas as religiões mediunicas ou oraculares , entendendo o termo "oracular" como a comunicação do mundo espiritual com o material. Esse algo é a comunicação com os espíritos.
  A comunicação com os espíritos criada pela umbanda é única e magnifica, porque permite que as pessoas conversem naturalmente com os espíritos, relatando-lhes seus problemas ou dificuldades e recebam deles orientações que auxiliarão na solução deles. O ato de uma pessoa conversar com um espírito, ainda que incorporado em um médium, tem um efeito muito positivo porque a maioria delas, conversando com um espírito amigo, orientador e bondoso, isso tanto a fortalece quanto faz com que se sinta mais segura por que dali em diante passa a ter um espírito amigo e protetor a zelar por ela no "mundo espiritual".
Essa luta continua da humanidade em buscar a evolução por meio do aperfeiçoamento espiritual, consciêncial e moral motivou a espiritualidade superior a dar início a uma nova religião espiritualista fundamentada nos três postulados iniciais, que tanto traçaram o rumo da sua missão na terra quanto delinearam o imenso e luminoso trabalho que realizaria em prol da humanidade, tanto a encarnada quanto a desencarnada.
Os três postulados básicos da umbanda, trazidos,pelo,senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, são estes: - Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos.
- Aos espíritos mais atrasados ensinaremos.
- A nenhum espírito renegaremos.
Esses três postulados são de uma sabedoria ús interessa comentar aqui, porque é em si um dos fundamentos divinos da umbanda e todas as religiões mediunicas ou oraculares , entendendo o termo "oracular" como a comunicação do mundo espiritual com o material. Esse algo é a comunicação com os espíritos.
A comunicação com os espíritos criada pela umbanda é única e magnifica, porque permite que as pessoas conversem naturalmente com os espíritos, relatando-lhes seus problemas ou dificuldades e recebam deles orientações que auxiliarão na solução deles. O ato de uma pessoa conversar com um espírito, ainda que incorporado em um médium, tem um efeito muito positivo porque a maioria delas, conversando com um espírito amigo, orientador e bondoso, isso tanto a fortalece quanto faz com que se sinta mais segura por que dali em diante passa a ter um espírito amigo e protetor a zelar por ela no "mundo espiritual".
Essa luta continua da humanidade em buscar a evolução por meio do aperfeiçoamento espiritual, consciêncial e moral motivou a espiritualidade superior a dar início a uma nova religião espiritualista fundamentada nos três postulados iniciais, que tanto traçaram o rumo da sua missão na terra quanto delinearam o imenso e luminoso trabalho que realizaria em prol da humanidade, tanto a encarnada quanto a desencarnnica e trazem em sí, sintetizado em poucas palavras, tudo o que já se falou, escreveu e se fez, tanto em relação aos espíritos bons quanto os maus, encarnados ou desencarnados, porque, se todos somos espíritos, então o Caboclo mensageiro da boa nova também se referiu a todos. Assim sendo, cabe a nós resgatar dia-a-dia os princípios básicos de umbanda, de fazer o bem sem olhar a quem, e a caridade como régra básica no convívio com os freqüentadores das tendas espirituais.
Não deixando que se colóque a venda, aquilo que nos foi agraciado por nosso amado Deus!


João D'Aganju


domingo, 14 de julho de 2013

Pai nosso de umbanda


Pai-nosso, que estas no céu, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados.
Santificado seja teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.
Que o teu reino do bem, do amor e da fraternidade nos una a todos, a tudo que criastes em torno da sagrada cruz, aos pés do divino salvador e redentor.
Que a tua vontade nos conduza sempre para oculto do amor e da caridade.
Dá-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis a nossos semelhantes.
Dá-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas, a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.
Perdoa se merecemos as nossas faltas.
E dá sublime sentimento  do perdão para os que nos ofendem.
Não nos deixe desistir ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Envia, Pai, um raio de tua divina luz e misericordia, para os teus filhos pecadores, que aqui trabalham pelo bem da humanidade.

Os perigos e consequências da mediunidade mal orientada.


A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.
Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.
E as pessoas que começam a freqüentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.
Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium, deverá desenvolver outras formas de mediunidade.
A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe do grupo e do espirito dirigente dos trabalhos.
Na terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.
É justamente por se tratar de coisa de humanos que a religião muitas vezes é deturpada.
Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.
Mas os trabalhos religiosos na terra precisam da união do plano físico e do espiritual.
Sem o fluido corpóreo dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório, dai a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiósos.
Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é o dono da verdade, e o que ainda é pior, que é o dono das pessoas . Sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, por que sua vontade passa a ser mais importante.
Quando o chefe dos trabalhos se perde, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns. As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que tem algumas pessoas que dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puní-lá por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela. Surgem, em função disso, muitas complicações , para quem dirige e para quem é dirigido.
Portanto, não bastando atrapalhar a sí mesmo, o chefe deverá arcar com as consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.
Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada. Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão. São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsávelmente, a fim de supostamente se curarem.
A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver..... porque tem mediunidade.
A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.
Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade. Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.
A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espirito obsessor dela se utilizepara instalar, na mente de sua vitima, a enfermidade mental.
Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para os médiuns iniciantes.
Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade. Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiósa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.
A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.
Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renuncia são os caminhos do crecimento mediúnico.
O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos. A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados. Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias, por outro, pode ser também de profundas decepções.
Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do bem!